Corpo Artístico



ORQUESTRA FILARMÔNICA PAUFERRENSE (OFP) “ANTÔNIO DE HOLANDA CAVALCANTI”

O objetivo da Orquestra Filarmônica Pauferrense “Antônio de Holanda Cavalcanti” é promover a propagação da cultura, da educação e da arte através do ensino não formal de música em geral, sobretudo música erudita e nordestina/brasileira. Nossa orquestra é formada por crianças, jovens e adultos de Pau dos Ferros e região do Alto Oeste potiguar, nesta ação desenvolvemos a inclusão sociocultural, garantido o direito de acesso à cultura numa região de grandes desigualdades sociais. Nossa Orquestra desenvolve seus trabalhos musicais desde janeiro de 2018 e já possui um repertório que contempla música erudita, popular e regional nordestina (folclórica).

 CORPO ARTÍSTICO

Leandro F. de Oliveira – Regente

Natural de Luís Gomes/RN, educador musical, pesquisador, regente e diretor artístico. Iniciei os estudos na Banda de Música Dr. Vicente Fernandes Lopes, licenciatura em Música com Habilitação em Violino pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN/Mossoró (2010); Especialista em Educação Musical (2014) e Mestre em Música com ênfase em práticas interpretativas pela Escola de Música da UFRN (2017). Com experiência em ensino coletivo de instrumento e regência de grupos musicais de variados estilos. Fui diretor do Projeto Camerata Jovem de Luís Gomes de 2006 a 2011. Atuei como regente assistente no Recital Harmonia Jovem (edições 2008, 2009, 2010 e 2011) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Atual educador musical, supervisor de música e professor de Prática em conjunto na Fundação Francisca Fernandes Claudino (FUNFFEC) – Luís Gomes–RN, também regente titular da Orquestra Funffec de Cordas. Conduzi a Orquestra FUNFFEC de Cordas em concertos internacionais na província de Quebec/Canadá em 2016. Atualmente atuo como Regente Titular, Diretor Artístico e Pedagógico da Orquestra Filarmônica Pauferrense (OFP) “Antônio de Holanda Cavalcanti”, vinculada a Sociedade Filarmônica Pauferrense – SFP.

Gleyberson de A. Gomes – Regente da Orquestra Infanto-Juvenil Domingos Lacerda Junior

   INSTRUMENTISTAS  

1º VIOLINOS

Hertya Candice – SPALLA 

Tenho 20 anos de idade, resido no bairro São Geraldo (antigo Alto da foice, cujo nome advém de ser um bairro periférico e muito comum ocorrer brigas de bêbados no final de semana) na cidade de Pau dos Ferros/RN. Sou a mais velha da família, tendo mais dois irmãos, uma com 15 e o outro com 13 anos. Filha de pais com pouca escolarização. Minha mãe concluiu o primário e meu pai o Ensino Médio. Minha mãe foi empregada doméstica e meu pai antes agricultor, criava porcos e depois tornou-se pescador. Minha família enfrentou uma fase difícil de alcoolismo do meu pai. Depois ele parou de beber e por problema de saúde não consegue mais trabalhar em serviço pesado. A minha mãe optou por abandonar a profissão para cuidar do meu avô que se encontra imobilizado, devido fêmur fraturado, sendo que ultimamente temos tido muitas despesas geriátricas. A minha família sobrevive com o salário de aposentadoria do meu avô e o auxílio de uma bolsa família. Desde outubro/2018 que comecei a trabalhar num bar noutro bairro periférico de Pau dos Ferros. São três dias, ganhando R$ 80,00 por semana com o objetivo de começar a arcar com as minhas necessidades, inclusive, o combustível da motocicleta de minha mãe que empresta quando pode para minha ida aos ensaios e aulas na OFP. Para me manter no projeto ganhei uma calça social usada de uma amiga, uma sapatilha da amiga de minha mãe e com o dinheiro por mim conquistado com meu trabalho comprei uma blusa preta social para as apresentações da Orquestra. Entrei na Orquestra desde a primeira turma de teoria musical. Foi assim: eu estava limpando a casa quando ouvi um carro de som avisando algo. Parei para ouvir e não entendi bem o que anunciavam, mas me pareceu algo diferente na cidade. Na volta do carro de som escutei o anúncio da criação de uma Orquestra e corri para me inscrever, mesmo sem saber bem do que se tratava o projeto, vez que nunca havia tido contato com nenhum instrumento musical. Tive muita dificuldade para preencher o formulário no próprio celular, mas finalmente consegui. Hoje me empenho e me dedico como posso ao projeto. Nunca havia participado de algo tão grande, com pessoas que querem fazer o bem ajudar as pessoas através da música, tudo de graça, com tanto cuidado e amor uns aos outros. Na condição de spalla da Orquestra, orgulho-me a cada apresentação, a cada superação e, principalmente, quando um colega consegue tocar direitinho as notas. Dentre as várias conquistas, ressalto ser spalla o que significa a cada dia me torna referência para os demais instrumentistas. Além disso, consegui envolver Michel, meu namorado, um jovem de 21 anos que mora com os avós no mesmo bairro que eu a também fazer parte desse projeto. Michel é dedicado à viola. Assim, nós dois já enxergamos o futuro com a música e sonhamos um dia em fazer uma faculdade. Tendo concluído o ensino médio, por enquanto o meu sonho se limita ao que que Pau dos Ferros tem a oferecer em termos de oportunidades no Ensino Superior. Mas, no futuro quem sabe algo mais voltado para área musical. Para isso, sei que preciso de ajuda financeira. O certo é que no momento já me sinto feliz por saber que o meu nome foi indicado para ser uma das tutoras do curso de musicalização infantil ofertado pela SFP. 

Vítor Emanuel

Completei  13 anos de idade e moro na cidade de José da Penha/RN, que fica a 26km da sede da Filarmônica. Para fazer esse trajeto pego carona com o maestro Leandro que passa na minha cidade e me conduz para todos os ensaios/aulas na Orquestra. Sou o caçula da família e tenho uma irmã com 19 anos. Minha mãe é professora concursada, especializada e ensina no município. Meu pai é agricultor e ajuda em tudo. Minha família nunca foi de beber, pois meu pai e minha mãe são evangélicos. Mesmo com as dificuldades tanto meu pai, quanto a minha mãe nunca deixaram de batalhar até o fim. A minha avó faleceu há dois anos, deixando muita saudade, porque morou conosco, para ajudar a minha mãe, que na época fazia sua especialização, ensinava e cuidava da casa. Nós já moramos num sítio. Lá a casa era emprestada por meu avô paterno. Mas, o tempo foi passando e Deus abençoando e hoje meus pais têm duas casas muito boas na cidade. Sobre a música eu me apaixonei pelo violino desde pequeno e sempre queria tocá-lo um dia. Com meus 10 anos de idade comecei a ter aula na igreja “Congregação Cristã no Brasil”, a qual me emprestou o instrumento, enquanto não comprasse o meu. Depois com muita batalha meus pais conseguiram comprar um violino para mim. Fui estudando e me dedicando cada vez mais em casa sozinho, durante muito tempo. E quando ouvir falar da OFP por um amigo meu, então fui buscar informações sobre o projeto. Depois que eu entrei até hoje foi umas das melhores coisas que fiz, pois me esforço cada vez mais e tenho tido mais oportunidades e várias experiências com a música. Pretendo um dia seguir a carreira de músico e agradeço grandemente a Deus por colocar pessoas tão maravilhosas como vocês da SFP. E quero dizer que sempre que precisarem de ajuda pode contar comigo. Vamos juntos OFP!

Conceição Dantas 

A música não está ligada somente a notas, melodias, harmonias. Está ligada diretamente conosco, com nossos sentimentos, nossos pensamentos, nossas ações, e até mesmo a nossas escolhas na vida. Até aqueles que não escutam, as sentem. Eu sou Conceição Dantas. Técnica na área da saúde bucal, graduanda em pedagogia e amante da boa música. Tenho participado como violinista da OFP. Meu primeiro contato com a musica clássica e a descoberta desse belíssimo projeto, foi uma publicação nas redes sócias de vagas para participar de uma Orquestra Filarmônica, que logo me inscrevi. Nos dias de hoje, apesar das dificuldades encontradas, faço parte da Orquestra e me esforço dando o meu melhor a este projeto maravilhoso. Meu desejo é me tornar uma violinista profissional, assim contribuir para o crescimento e desenvolvimento deste trabalho especial realizado pela SFP. Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado. Eu continuarei acreditando.

Patrícia Késia

Sempre gostei de ouvir músicas tocadas com violino e assim que entrei no IFRN de Pau dos Ferros eu procurei me informar se na cidade tinha alguém que desse aula de violino e através de uma aluna que estudava no if eu conheci a Orquestra Filarmônica de Pau dos Ferros e assim iniciei minha trajetória com o violino.

Kettilly  Medeiros

Potiguar, natural de Pau dos Ferros, nasci em abril de 2003, primogênita do casal Alcivan Silva e Cristiane Medeiros. Desde cedo, me interessei por música, sempre incentivada por meu pai, que era percussionista. Participei de uma turma de flauta doce referente a um projeto de extensão do IFRN, Campus Pau dos Ferros. Minha mãe, que estudava lá, ouviu falar e logo me levou para frequentar as aulas, e meu amor pela música só aumentou. Aos 9 anos recebi um convite para, junto com meu irmão, participar da Orquestra Jovem Pauferrense. Após um período de estudo teórico escolhi a flauta transversal, e mais tarde, por falta de tempo, tive que sair. E a partir deste momento fiquei um pouco carente por música, sempre a procura de tocar algo, e foi assim que com muita dificuldade meus pais me deram um violão simples e usado para que eu pudesse suprir essa vontade de fazer arte. Porém queria participar de algo em conjunto, e não mais tocar violão sozinha, comecei a procurar um projeto e meu pai chegou com uma notícia animadora. A criação da Orquestra Filarmônica Pauferrense “Antônio de Holanda Cavalcanti”, vinculada a Sociedade Filarmônica Pauferrense” achei interessante o projeto e fiz a inscrição para seleção. Após a aprovação e período de estudo teórico, que achei uma época que trouxe bastante conhecimento inclusive pois já tinha visto um pouco, escolhi o violino onde estou atuando no Naipe dos primeiros violinos. E a cada dia que se passa me alegro mais por fazer parte da família OFP.

Gabriel H. Pedrosa

Carioca, 11 anos de idade. Meu contato com a música foi desde bebê: meus pais sempre cantavam em coral e gostavam de participar de musicais. Minha mãe sempre me disse que queria participar de uma orquestra filarmônica no RJ, mas decidiu dedicar tempo a mim que ainda era bem pequeno. Viemos morar na pacata cidade de Pau dos Ferros e ela pensou: agora o sonho está ainda mais distante. Ocorre que, para nossa surpresa, descobrimos que bem perto da nossa nova moradia, tinha “um pessoal muito bom na música, que toca com partitura e tudo mais, tem uma filarmônica na cidade”, foi o que nos contaram. Foi assim que conhecemos o Projeto Filarmônica Pauferrense, por meio de redes sociais, e já com uma super indicação de qualidade. Até então, era o sonho da minha mãe que eu fizesse música, mas fui particularmente contagiado pela música após assistir a uma apresentação da referida orquestra e, no ano de 2018, com apenas 9 anos, passei a fazer parte do Projeto “Inicialização à Musicalização” ofertado pela Sociedade Filarmônica Pauferrense. A partir de 2019, passei a estudar violino na Orquestra Filarmônica Pauferrense e, desde então, meu desejo pela música tem aumentado. Já pensei em muita coisa: em ser maestro como Leandro, em abrir corais na cidade, em ser um grande violinista. Meu contentamento é saber que podemos contar com um projeto de muita qualidade e, como digo para minha mãe, gostaria que muitas outras pessoas sejam alcançadas por esse projeto brilhante e ousado. Minha gratidão à Filarmônica Pauferrense é em meu nome e em nome de toda minha família.

Thiago Alexandre Neris

Me chamo Thiago Alexandre Neris Laurentino, tenho 13 anos, minha história é quase completamente escrita com a música e se tornou uma das bases da minha vida. Tenho tantas influências dentro da minha própria família que me trouxeram também para esse lado, como exemplo um tio vocalista e dois instrumentista assim como meu pai. A música em si me tira do tédio e me alivia a tristeza, a música faz parte da minha vida e poder cantar todas as minhas músicas favoritas naqueles dias é muito relaxante, principalmente quando elas tem um lado instrumental impecável, e isso também foi um dos principais fatores além da minha família. Minha mãe conheceu a filarmônica na UERN e se encantou desde o primeiro momento. Assistia os ensaios e foi daí que ela soube da seleção que haveria para instrumentistas e foi quando fui selecionado para o violino. Poder tocar este belíssimo instrumento e ver que a música sair tão bela, é inexplicável! A parte vocal, assim como a instrumental juntas são espetaculares! E essa é minha história com a música! 

2º VIOLINOS

Gleyberson Gomes – CHEFE DE NAIPE

Casado tom Tuanne Santos (minha companheira em tudo, inclusive na música), pai de Pedro Mozart, servidor público federal, um grande amante da música clássica, como é conhecida. A arte é forte na minha família. Meu avô paterno é músico, meu avô materno é poeta repentista, minha avó materna é cantora, minha mãe é cantora e compositora, meu pai é artista plástico. Quando criança amava cantar e fazer as panelas de minha avó de bateria. Ainda na infância, comecei a me dedicar aos instrumentos, começando por flauta doce e logo passando ao violão. De lá pra cá são mais de 20 anos de experiências diversas com música. Toquei por anos na banda municipal de Alexandria/RN, o que me oportunizou realizar vários cursos na área pela Fundação José Augusto. Também tive várias experiências com grupos instrumentais, grupos de choro, grupos corais, uma breve e divertida experiência com sanfona e um grupo de ‘forró pé-de-serra’, MPB, voz e violão… de Bach a Luiz Gonzaga, de Villa-Lobos a David Gilmour, já toquei e cantei de tudo (que preste…). Também tive várias experiências com ensino de música, de instrumentos diversos e de canto, atuando para o poder público em programas sociais ou como autônomo. Dirijo há muitos anos grupos de música religiosa em igrejas evangélicas. Meu grande sonho como músico, porém, sempre foi fazer parte de uma orquestra sinfônica, sonho este oportunizado pela Sociedade Filarmônica Pauferrense (SFP). Por já estar estabilizado profissionalmente, não tenho a intenção de ter a música como profissão. Porém, eu não tenho uma meta menor do que me tornar um músico profissional, no sentido da técnica, do desempenho, da capacidade, e assim contribuir para o crescimento e desenvolvimento deste trabalho singular realizado pela SFP.

Marisa  Alana 

Tenho 19 anos e sou natural do município de Pau dos Ferros/ RN. Sempre morei como meus pais em uma velha casinha no Sítio Raiz, zona rural de Pau dos Ferros. Atualmente sou aluna do curso de licenciatura em Geografia na UERN de Pau dos Ferros, bem distante da música. Minha história com a música começou na igreja da minha comunidade (São Rafael), minha família além de fiéis fazem parte da comissão de organização, minha tia Mônica em especial faz parte do canto litúrgico, para mim a missa se resumia a ver o pessoal tocar, cantar e eu também queria participar, então aos 12 anos ganhei um violãozinho barato dos meus pais e comecei a ter aulas com a mesma pessoa que tocava na minha comunidade. A partir deste momento foi um piscar de olhos para estar engajada na minha igreja, comecei apenas tocando, mas depois passei a cantar também assumindo um lugar ao lado da minha tia. Daí para frente só fez com que meu interesse pela música aumentasse, eu não queria mais ficar apenas no violão queria aprender coisas novas, tocar violão começava a ficar enfadonho e meu amor pelo piano apenas aumentava devido a várias peças que assistia pelo celular. Infelizmente nunca aprendi a tocar piano, mas um dia minha mãe me falou que estavam montando uma orquestra na UERN e eu corri para fazer minha inscrição e na opção de instrumentos desejados coloquei piano só depois que descobri que não era um instrumento disponível. Participei das aulas de teoria musical com o maestro Elton e hoje faço parte do naipe dos segundos violinos. Agradeço a toda a família OFP e SFP pela oportunidade, que continuamos ajudando uns ao outros a colocar o projeto para frente, que no futuro eu possa estar no lugar dos meus mestres ajudando a esta grande família.

Augusto Carlos

Natural de Natal RN, sou gastrológo pesquisador e Consultor. Apaixonado por todo tipo de movimento artístico tive a oportunidade de iniciar meus estudos em 2018 na academia de artes Jaime Lourenço em Natal, após algumas mudanças 4 meses depois acabei tendo que me mudar para a Princesinha do Oeste. Ficando assim triste por não ter mais a oportunidade de continuar meus estudos com acompanhamento, então decidi continuar estudando através de vídeos da internet. 6 meses depois decidi procurar escolas de música na região e através de indicações descobri a Filarmônica, porem sem vagas disponíveis no momento. Acabei me matriculando em uma escola de música particular na região e por minha sorte a professora fazia parte de dois grandes projetos a FUNFFEC (Luís Gomes) e a Orquestra Filarmônica Pauferrense (Pau dos Ferros). Após alguns meses ..me informou da abertura do edital para admissão de novos instrumentistas e aqui estou eu fazendo parte dessa família maravilhosa.

Nila Zaynan

     Desde minha infância sempre gostei de música, cresci ouvido uma variedade de músicas e ritmos que meu pai ouvia. O meu primeiro contato com instrumento musical foi quando meu tio comprou um violão e sempre me deixava brincar com ele, como não sabia nada só fazia bater nas cordas aleatoriamente mas fui me interessando e tendo vontade de aprender a tocá-lo pois achava muito bonito quando via cantores(as) tocando violão. A primeira vez que peguei no violão para aprender a tocar foi com um rapaz namorado de uma minha amiga que tocava violão começou a me ensinar o básico do instrumento, mas devido não ter durado muito as aulas com ele ficou só nisso mesmo. Pouco tempo depois meu pai me inscreveu em um curso de violão ofertado pela Sociedade Filarmônica Pauferrense, foi quando de fato aprendi a tocar desde a teoria até a prática do instrumento, passei com êxito pelas etapas do curso e conclui recebendo o diploma. Foi nessa entrega dos diplomas que Lúcia Pessoa então presidente da SFP me ofertou um teste para o instrumento violino que se aprovada me integraria como aluna da Orquestra Infantojuvenil Domingos Lacerda Júnor (OIJ). Fiquei muito feliz por isso, como um sonho realizado. Pois sempre admirei quando via alguém tocando um violino em concertos, filmes entre outros. Aprovada em tal teste fiquei como aluna da OIJ por um longo período e devido meu progresso em relação ao instrumento fui remanejada como integrante da Orquestra Filarmônica Pauferrense. Desde então meu desejo é aprender cada vez mais com os excelentes professores e organizadores que dispomos em nossa orquestra, como também me tornar uma instrumentista participando no futuro de diversas apresentações e concertos nacionais e quem sabe internacionais.   

Miguel William

Tenho 12 anos, filho de Meyre Shaukat e Douglas. Meu avô paterno, Paulo, é evangélico, e sempre me levava para a Igreja, na qual ele congrega. Lá eu assistia os meus irmãos de fé, tocando instrumentos, e quando eu chegava em casa, usava o “playback” para imitar o que eu assistia na Igreja. Como forma de me incentivar, no caminho da música, meu avô, Paulo, me presenteava com: flauta, violão, gaita, pandeiro, teclado. Por esse gesto, eu sou bastante grato a ele. Mas, para uma criança aprender, sozinha, a tocar um instrumento; é quase impossível. Foi aí que apareceu um Edital da Sociedade Filarmônica Pauferrense que tem sede provisória na UERN-Campus Avançado de Pau dos Ferros,  que oferecia aulas de vários instrumentos. Eu queria tocar instrumento de corda, mas quando consegui a inscrição não havia mais vaga, e, quando surgiu vaga para violino, o meu braço direito não alcançava o suficiente para fazer os acordes, daí, recebi aulas de flauta, instrumento do qual eu também gosto muito, mas eu ainda permanecia com o forte desejo de tocar instrumento de corda, até que apareceu a grata oportunidade para eu ter aulas de violino. Hoje eu já toco violino, e agradeço enormemente a iniciativa de minha mãe, de me inscrever no projeto da Orquestra Filarmônica Pauferrense; agradeço a minha madrasta por me levar para as aulas, quando presenciais; agradeço a meu avô, por me incentivar na direção da música, me presenteando com instrumentos musicais; e agradeço a oportunidade que a Filarmônica Pauferrense, me concedeu. Oportunidade de aprender a tocar, com o uso da pauta, um instrumento, que eu sempre desejei tocar, mas nunca tive como. Se, um dia, eu quiser ser um profissional da área da música, terei credenciais técnicas e artísticas para tanto.

VIOLAS

Jean Tarlles  – CHEFE DE NAIPE

Tenho contato com a música desde que me entendo por gente, nascido em um lar adventista onde desde novo tive acesso a música de qualidade, fiz minha primeira apresentação aos quatro anos, cantando em um evento da igreja, lembro-me de ter a impressão de estar cantando para milhares de pessoas, depois disso cantei na igreja até minha adolescência, onde a voz começou a mudar e eu comecei a me interessar por instrumentos musicais. Tive meu primeiro contato com instrumentos com a flauta doce e depois de um tempo comecei a tocar violão sempre nos grupos da igreja, fui operador de som da igreja que sempre recebia cantores de ótima qualidade, nesse período comecei a aprender sobre divisão vocal e música em conjunto, no ensino médio comecei a frequentar a casa da cultura de minha cidade, onde tive ainda mais contato com o violão e com a guitarra elétrica, tocando em grupos e nas rodas de amigos. Alguns anos se passaram e mesmo sempre tocando em rodas de amigos não tive mais tanto contato com a música, um certo dia estava na casa de um amigo também entusiasta da boa música e ouvi falar de uma orquestra que ainda iria se formar. Um projeto ousado que de tão inovador parecia mentira, fizemos a inscrição sem nenhum compromisso e pra minha surpresa logo fomos chamados para a cerimônia de iniciação da Sociedade Filarmônica Pauferrense, onde conheci o grande professor Leandro Oliveira e a Orquestra que me orgulho de ter muitos bons amigos lá a orquestra FUNFFEC de cordas, o que eu ia presenciar mudou a minha vida, fiquei maravilhado com o que aquelas crianças conseguiam fazer, na qualidade musical deles uma alegria contagiante e um exemplo pra todos, logo me apaixonei pelo timbre da viola, um instrumento que até então eu não conhecia, mas que foi amor a primeira vista. Iniciamos as aulas teóricas nesse mesmo ano e finalmente em 2017 eu iniciei minha jornada com esse instrumento que produz um som tão apaixonante. Jornada essa que está só começando, de lá pra cá conheci violistas de uma qualidade que eu nem sonhava em conhecer, como Marina Gabrielly e Pedro Zarqueu, a caminhada é longa e está só começando mas vale à pena cada passo.

Michel Silva 

Tenho 21 anos de idade e resido no bairro São Geraldo, em Pau dos Ferros/RN, cidade que me oportunizou concluir o Ensino Médio em 2017, na Escola Estadual José Fernandes de Melo. Sou o mais novo da família e tenho uma irmã de 23 anos. Filho de pais com mínima escolarização e separados desde que eu era muito pequeno. Minha mãe era empregada doméstica e com o meu pai tive pouco contato. Sei que ele trabalhava no caminhão do lixo e agora como entregador em um depósito. Atualmente moro com meus avós, pois minha família enfrentou uma fase difícil devido a depressão seguida de esquizofrenia do meu avô, que está melhor, graças ao controle feito por medicamentos. A minha família sobrevive com o salário de aposentadoria do meu avô e da minha avó. Ainda não trabalho por falta de oportunidades, mas já fiz de tudo um pouco: entreguei panfleto, limpei muro, trabalhei em lanchonetes, dentre outros “bicos”. Nas apresentações na Orquestra nunca vestia roupa toda preta, conforme o recomendado. O maestro Leandro logo percebeu que eu também não havia adquirido a camiseta do grupo  e me perguntou se eu tinha interesse que ele trouxesse uma roupa preta para a próximas apresentações. Então ganhei  dele uma calça, uma camisa social e um par de sapatos, portanto fiquei muito agradecido pelo gesto. Na Orquestra entrei desde a primeira turma de teoria musical em 2017, tão logo fiquei sabendo do projeto, através de Candice, minha namorada. Não hesitei em me inscrever, mesmo sem nunca ter tido contato com instrumentos musicais. Hoje me empenho e me dedico com afinco ao projeto e sinto muito orgulho em fazer parte da família filarmônica. A cada apresentação, vejo o quanto eu e muitos ao meu redor temos nos superado. Com cada avanço, sinto-me mais preenchido e feliz por estar ali aprendendo com cada e um fazendo a felicidade de quem prestigia nosso trabalho. Para o futuro pretendo cursar uma faculdade de arquitetura, música ou até mesmo engenharia. O fato é que lutarei pelos meus sonhos e acredito que assim como o Sr. Antônio de Holanda, tem nos ajudado sem nos ter conhecido, espero que outras pessoas que agora conhecem a minha história e de tantos outros jovens também possam nos ajudar a alimentar esse sonho de continuar nos aprimorando e nos apoiando na prática.

VIOLONCELOS

Julianne Ribeiro – CHEFE DE NAIPE

Tenho 24 anos, sou natural do RJ, porém minha família e eu já moramos em muitos lugares, pois meus pais sempre vão atrás das oportunidades; eles trabalharam desde muito jovens e conquistaram muito desde então. Sempre buscaram o melhor para mim. Na infância pratiquei alguns esportes relacionados à dança, e depois de adulta venho a aprender um instrumento pela primeira vez e já inserida em uma Orquestra. Momentos que nunca imaginei passar. Hoje sou estudante do curso de Ciência e Tecnologia na UFERSA/Campus de Pau dos Ferros e foi através de uma amigo que fiquei sabendo da formação da Orquestra. Esse projeto é de extrema importância, em especial, no interior do Estado, como é o caso, para a inserção, principalmente, de crianças e jovens no meio cultural. Por isso e por outros motivos fico feliz de participar de tamanha experiência, a qual vou sempre levar comigo mesmo que a vida nos leve para outros cantos.

Raquel Fernandes

Tenho 27 anos sou filha mais nova de mais dois irmãos e uma delas Ceição Dantas também faz parte da Orquestra. Sou de uma família humilde filha de pescador e doméstica, mas sempre me ensinaram o melhor da vida, a dignidade e o respeito. Sempre fizeram o impossível para estudarmos, lembro-me da dificuldade que enfrentávamos para ir a escola, pois morávamos no sítio Boi Morto, município de Rafael Fernandes e o acesso até a cidade era difícil. Com oito anos de idade tinha que me deslocar de caminhão aproximadamente uma hora ou mesmo a pé até a cidade mais próxima para estudar. Desde pequena tenho paixão pela música e com sete anos comecei a cantar na igreja. Lembro-me como hoje, o meu microfone era construído com um pedaço de madeira e uma tampa de desodorante alma de flores (obra do meu pai rs rs), e meu palco era uma cadeira de plástico amarela, até que um dia, para o meu desgosto, ela se quebrou, mas a paixão por essa arte ardia como uma chama no meu coração. Em alguns anos nos mudamos para Pau dos Ferros, terminei o ensino médio, conheci meu esposo Wid (que também faz parte da Orquestra) e me casei. Ao mesmo tempo me formei no curso de Pedagogia, que adoro exercer a profissão de pedagoga, pois também me dar a oportunidade de explorar a música com meus alunos. A partir de então as coisas começaram a se encaixar, mas mesmo assim sentia que queria conhecer mais de música, até que apareceu um projeto Sociedade Filarmônica Pauferrense (SFP), nunca visto antes nada igual na cidade de Pau dos Ferros. A SFP me deu a oportunidade de ser “chelista”, aprofundar meus objetivos, redescobrir-me e lutar por um sonho de infância que é cursar música porque essa meche com minha alma, faço porque sou apaixonada, porque posso ouvir e sentir a vibração da mesma em todos os sentidos do corpo, gerando uma emoção que explode em meu peito causando um efeito anestésico. A música é a arte que incomoda, alegra, sente e além de tudo. É algo tão grande que significados não completariam seu verdadeiro sentido. Esse é o grande segredo pelo qual, mesmo diante das dificuldades não desisto da música.

Vitória Dias

Eu sempre gostei de música; desde a infância, mas não tinha a oportunidade de aprender a tocar, apenas em 2018 (quando tinha quatorze anos) eu tive meu primeiro contato com algum instrumento. Era um violão. Meu irmão tinha comprado, e; por falta de tempo, não pôde aprender a tocá-lo. Foi exatamente na época em que a escola de música Harmorial abriu em Pau dos Ferros. Meus pais, fizeram um esforço e me colocaram nela para aprender a tocar este violão. Comecei as aulas; e me apaixonei. A sensação de aprender a tocar uma música nova era simplesmente incrível; eu me sentia bem lá; mas infelizmente, não pude ficar por muito tempo. A escola ficava muito longe da minha casa, o que dificultava a mobilidade; e as mensalidades “pesavam” quando chegava o pagamento das contas no fim do mês. Eu precisava abrir mão da música, no entanto, a paixão por tocar tinha chegado, e não queria sair. Eu queria continuar tocando. Foi aí, que a Orquestra Filarmônica Pauferrense entrou na minha vida. Meu professor de violão, quando meus pais conversaram sobre essas dificuldades com ele, indicou a orquestra; como uma forma de eu continuar tocando. E assim, no início de 2019; entrei na Orquestra Infantojuvenil Domingos Lacerda Junior. Eu não conhecia o violoncelo, nunca tinha visto uma orquestra em ação e muito menos conhecia as obras clássicas; nem nenhuma das pessoas que a partir daquele momento, iria conviver. Tudo me era estranho, mas eu tinha vontade de tocar; de aprender, e de sentir novamente aquela sensação boa que vem depois de aprender uma música nova. Então, me arrisquei, e fui vencendo minhas inseguranças aos poucos, participei de algumas apresentações, comecei a assistir alguns concertos; conheci grandes nomes da música que até aquele momento nunca tinha ouvido falar; como Tchaikovsky, Bach, Vivaldi… Além de, claro, as boas amizades que fiz. A orquestra me proporcionou momentos, risos; amizades, alegrias, e despertou um lado meu que até então não conhecia. Um lado que ama a música incondicionalmente. Hoje, só tenho a agradecer à SFP por tudo que fez e faz na minha vida.

CONTRABAIXOS

Gerfeson Fábio

Sou o Gerfeson Fábio, natural e residente de Encanto/RN, 32 anos, casado, uma filha de 2 anos, funcionário municipal, graduado em Economia. A inspiração para buscar ser um instrumentista partiu da apreciação musical que observava durante os show que presenciava. Mais o tempo foi passando e apenas a três anos atrás, ingressei num curso FIC instrumentista ( violão ) no IFRN de Pau dos Ferros, no qual conheci a Orquestra Filarmônica Pauferrense que teve a participação especial de alguns membros no recital de encerramento do referido curso. Logo após participei do processo seletivo da referida Orquestra para tocar o Contrabaixo Acústico. A instituição conta com excelentes profissionais, apoiadores e voluntários, e desenvolvendo um importante trabalho social e cultural na região, no qual sou grato por participar e parabenizo.

 Tuanne Santos – CHEFE DE NAIPE

Minha experiência efetiva com a música começou muito cedo. Meu pai atuou profissionalmente como baixista por muitos anos e assim me influenciou para a música. Aos nove anos passei a integrar a banda filarmônica do município de Itaú/RN, atuando como clarinetista durante nove anos ininterruptos, até me mudar para Pau dos Ferros em 2012. Durante esse período participei de vários encontros de bandas, seminários, cursos, assim como atuei com ensino de música e musicalização infantil para a prefeitura, na função de orientadora social. Mesmo saindo da banda, continuei com algumas atividades musicais, especialmente com grupos de choro, como clarinetista e flautista, além de música religiosa em igrejas evangélicas, juntamente com meu esposo, Gleyberson Gomes. Com a oportunidade aberta pela SFP pude realizar um grande sonho: tocar contrabaixo acústico, inspiração vinda de um concerto da Orquestra FUNFFEC de Cordas de Luís Gomes em Pau dos Ferros. Tanto meu pai como meu esposo também atuam no OFP. Atualmente, além de musicista da OFP, atuo como monitora da SFP, já tendo ministrado cursos na área de musicalização infantil e ensino de flauta doce para crianças e sinto-me muito feliz em fazer parte dessa família musical.

Gabriel Nogueira 

Tenho 22 anos, sou paraibano, mas moro em Pau dos Ferros desde 2015. Vim para a cidade com o intuito de estudar Engenharia Civil na UFERSA (Universidade Federal Rural do Semi-Árido), no Campus da cidade. Meu primeiro contato com a música, como muitos de nós, foi através do violão, porém sempre tive vontade de tocar um instrumento erudito, oportunidade esta que me apareceu com o formulário de inscrição para a Sociedade Filarmônica Pauferrense, primeiro para aulas de teoria musical, e posteriormente surgindo a oportunidade de me tornar instrumentista na Orquestra. Fiquei muito feliz e grato ao ver meu nome selecionado e tento ao máximo honrar a chance concedida. Como universitário, não possuo o tempo ideal para estudar como eu gostaria o meu instrumento, que é o contrabaixo, porém faço o que posso para poder aprimorar e elevar o meu nível técnico, e assim poder contribuir com este projeto tão lindo. Tenho plena certeza de que este projeto alcançará patamares extraordinários, contribuindo bastante para a cidade e para todos que possuem um mínimo envolvimento com esta Orquestra. Um projeto como esse que proporciona essa vivência para pessoas que nunca tiveram esta oportunidade é algo louvável, por isso sou muito grato a todos que fazem a Sociedade Filarmônica Pauferrense pelo trabalho árduo e pela mudança que foi proporcionada à vida de todos. Posso dizer hoje que vivo um sonho.

Wid  Fernandes

Sou filho de um casal de pastores, por isso tive toda minha base musical na igreja evangélica. Estou me formando em Engenharia da Computação e trabalho hoje como coordenador de marketing em uma faculdade privada aqui da nossa cidade. Quando cheguei na orquestra, estava em um momento de redescoberta e, na música encontrei motivos para me dedicar e superar. Sou natural da cidade de Caraúbas/RN, de uma comunidade chamada Sororoca, moro em Pau dos Ferros há alguns anos e tenho muito orgulho de fazer parte de um projeto que tem mudado a história e a vida de muitas pessoas. A OFP é uma fonte de cultura que jorra no meio do sertão nordestino, pois aqui as coisas não são fáceis e um projeto como esse só nos fortalece e nos faz ter a certeza que podemos alcançar nossos sonhos. Hoje a Orquestra é uma grande família para mim. A minha esposa Raquel é uma das celistas e tenho o maior orgulho de ver o quanto ela tem se dedicado e crescido dentro da Orquestra. Sou feliz e realizado por fazer parte desse grande projeto que é a Orquestra Filarmônica Pauferrense.

 FLAUTAS

Agatha Barros (OIJ)

Sou Natural de Pau dos Ferros- RN e tenho apenas 11 anos. Mesmo tendo crescido sem nenhuma inspiração na família para a música, descobri uma paixão pela mesma e sempre pedia aos meus pais para aprender a tocar algum instrumento. Até que, através de nossos amigos, Gleyberson e Tuanne, também integrantes da OFP soubemos da oportunidade que a SFP estava oferecendo, através de cursos e me inscrevi para o curso de flauta doce. Hoje, estudando Flautim, sinto-se agradecida e honrada em fazer parte dessa família.

Valeska Lopes

Tenho 23 anos, sou Pauferrense, filha de um agricultor e uma empregada doméstica, tenho para mim que a minha paixão pela música nasceu comigo, desde pequena tinha admiração por essa arte, lembro-me da minha euforia ao ver a banda de música passar, o encantamento por aqueles instrumentos e de ter uma flauta doce de brinquedo na qual aprendi a tocar as músicas que vinham em uma espécie de “partitura não convencional” escritas com bolinhas. Em 2008, aos 13 anos, por um “acaso” me inscrevi para participar de um projeto da prefeitura que envolvia música, só soube do que se tratava no primeiro dia de aula, onde descobri que tinha me inscrito para participar da nova banda de música da cidade, foram três meses de aula teórica até a chegada dos instrumentos, quando peguei pela primeira vez no meu atual instrumento, a flauta transversal, ir as aulas de música era sagrado para mim, se faltava por estar doente eu chorava, foi aí que tudo começou. Em 2010, com o incentivo do meu professor de música, o Maestro Elton Souza, iniciei um curso básico de música na fundação educacional Lica Claudino, na cidade de Uiraúna, nesse curso passei a estudar conteúdos teóricos e práticos mais aprofundados da música, esse curso teve a duração de dois anos e fiz ele concomitantemente ao meu ensino médio, o que se tornou crucial na escolha da faculdade que iria cursar. Em 2012 ingressei na faculdade para cursar a Licenciatura em música, na cidade de Mossoró, concomitantemente, cursei o até então Conservatório de Música Dalva Estela Nogueira Freire, na modalidade Flauta Transversal. Em 2016 conclui a faculdade e passei a atuar com o ensino de música nas escolas municipais de Pau dos Ferros e como formadora no curso de musicalização infantil da Sociedade Filarmônica Pauferrense. Atualmente sou aluna de um programa de Pós-graduação (Mestrado) e pretendo seguir nessa caminhada de busca de conhecimentos sobre a música em um Doutorado.

Maria Júlia (OIJ)

Falar de minha história me faz pensar, sonhar e acreditar! Eu tenho dez anos, nasci em Pau dos Ferros RN, sou a primeira filha do casal Genilson e Jomária, tenho uma irmã de três anos que é motivo de alegria e motivação para toda nossa família. A música sempre foi uma das minhas paixões, desde bem pequena fui incentivada, mesmo que com instrumentos infantis que ganhava, violão, teclado, pandeiro e flauta. Assim ficava cantando e encantando a todos com os sons que eu conseguia fazer, acompanhado na maioria das vezes com músicas por mim apreciadas. No ano de 2014 tive a oportunidade de intensificar mais o meu gosto pela música, através da aula de canto ofertada pela UNICRI, tendo como professora Inayara Assim, o entusiasmo aumentava e queria continuar. No ano seguinte a aula de música passou a ser uma disciplina obrigatória da grade curricular o que pra mim foi prazeroso e fácil de participar, destacando o profissionalismo do Maestro Elton Sousa. Despertava mesmo interesse pelo violão, pelo fácil acesso e poder presenciar amigos tocando. A minha família sempre me apoiando, acreditando e navegando nessa história. Aos seis anos fui surpreendida pelo meu avô quando me presenteou com um violão profissional. E não é que era exatamente como que desejei, cor de rosa. No ano de 2018, através das redes sociais minha tia Meyre teve conhecimento de uma seleção para Musicalização Infantil ofertado pela UERN. Imediatamente comunicou aos meus pais que não hesitaram em procurar caminhos para mim inscrever. A princípio tinha uma paixão especial pelo violão, assim fomos pesquisar aula nessa categoria, porém não estava disponível para minha faixa etária. Desta forma fiz opção pela aula de flauta com a Professora Anne Valeska, que tão bem me contemplou com os seus ensinamentos, por isso me dediquei e fui escolhida para fazer um teste na flauta transversal, que motivo de alegria, não contendo minha felicidade compartilhei com todos ao meu redor. Finalmente estive apta a participar da Orquestra Filarmônica Pauferrense (OFP), na qual sou comprometida e dedicada. Eu faço parte dessa história!

CLARINETES

Monique Kerly

Eu comecei a tocar clarinete em 2006 na Filarmônica José Praxedes Fernandes, sob a regência do Maestro Gildásio Ramos, na qual eu sempre via passar na rua marchando e sentia um desejo enorme de participar. Depois de um ano na banda, participei do Quarteto de Clarinetes Metamorfose, que voltamos novamente a sua formação quase original em 2019, mas devido a pandemia paramos os ensaios. Em 2015 fiz parte da Camarata de Clarinetes da UERN (CLARUERN) juntamente com a professora Danielly Dantas e durante esse período fiz conservatório de música na Escola de Música D’alva Stella Nogueira Freire – FALA/UERN. Em 2017 me mudei para a cidade de Pau dos Ferros e entrei na Filarmônica Jovem de Pau dos Ferros, sob a regência do Maestro Elton Souza e em 2018 entrei na Filarmônica Antônio Florêncio de Queiroz, que hoje está sob a regência de João Modesto, filarmônica que irá fazer 102 anos neste ano. Em 2019 a Filarmônica Antônio Florêncio de Queiroz completou 100 anos e na cerimônia de comemoração, fui a primeira mulher a reger a banda nos seus cem anos de história. Também em 2019 entrei na Orquestra Filarmônica Pauferrense, sob a regência do maestro Leandro, e estou realizando um dos meus sonhos enquanto musicista de tocar em uma orquestra. Conheci o projeto através de Tuanne, porém na época os meus horários de trabalho chocaram com os ensaios, porém em 2019 surgiu a oportunidade e eu agarrei com unhas de dentes.

Maria Alice (OIJ)

Tenho 10 anos e moro em Água Nova/RN. Passei a me interessar por música, primeiro porque meu primo Davi tocava na orquestra de Água Nova. Também participei do curso de musicalização na UERN com a Profa Anne Valeska e aprendi a tocar um pouco de flauta doce. Segundo porque eu acho lindo orquestras tocando. Escolhi o instrumento clarinete porque era o que Davi tocava e eu acho o som lindo. Agora sou clarinetista da Orquestra Filarmônica Pauferrense e estou muito feliz aprendendo música.

Thayane Oliveira (OIJ)

Tenho 11 anos e moro no Perímetro Irrigado, zona rural de Pau dos Ferros/RN. São nove quilômetros que preciso percorrer daqui de onde moro para chegar a sede da Orquestra Filarmônica Pauferrense. Por isso, dependo do meu pai ou minha mãe que como muito gosto me levem de moto ou de carro. Passei a gostar de música, através de um projeto musical, que houve na escola que estudo a Escola Dr. José Torquato de Figueiredo. Através deste projeto aprendi a tocar flauta doce e escaleta e fui orientada para entrar na Orquestra pela professora do projeto de música da Profa Anne Valeska. Lá na OFP durante o teste conheci um instrumento que nunca tinha ouvido falar. O nome dele é fagote. Quando me apresentaram este instrumento fiz logo um teste para ver se eu podia tocá-lo. Então passei no teste e hoje sou apaixonado por esse lindo instrumento. Ainda sou iniciante, mas já estou muito feliz por ter tido essa oportunidade de conhecer esse instrumento belíssimo chamado Clarinete.

João Vítor Gondim (OIJ)

Tenho 13 anos de idade, resido no bairro Alto do Açude na cidade de Pau dos Ferros/RN. Sou filho de professor e estudante. Meus primeiros contatos com a Orquestra Filarmônica Pauferrense foram através de minha madrinha Lúcia Pessoa que me incentivou a participar do curso de teoria musical antes da chegada dos instrumentos. Entrei na orquestra para cursar teoria musical com a intenção de melhorar meus conhecimentos musicais e com o propósito de ser músico da OFP. Aprender a tocar requinta é para mim uma realização. É um instrumento que gosto e que tenho facilidade de tocar, mas que tenho que me dedicar como qualquer outra atividade que gosto de fazer como desenhar e estudar as diversas meterias na escola. Vejo que a cada dia estou me superando. Sinto-me motivado a cada vez que toco, a cada música que aprendo, a cada elogio e sugestão que recebo para aprimorar meu papel na OFP e a cada lição que apreendo. Pretendo comprar uma requinta e repassar a da Orquestra para outro estudante, além de repassar para ele os conhecimentos que tenho adquirido do meu instrumento favorito

CLARONE

Letícia Silva (OIJ)

Tenho 10 anos e moro na Cidade de Pau dos Ferros. Sou filha de um leiturista da COSERN e de uma dona de casa e agora no ano de 2019 irei cursar o quinto ano do Ensino Fundamental. Minha vida na música começou, através do meu amigo que é autista, chamado Khalil. A mãe dele mandou o edital para minha mãe que por sua vez me escreveu, pois já era um sonho que meu pai e eu já tinha em comum pois ele quando mais jovem fez parte da banda de música “Antônio Florêncio de Queiroz”. Assim comecei minha vida na música tocando flauta doce na UERN. Agora, atualmente toco clarone e tenho real clareza que irei me aperfeiçoar cada vez mais os meus objetivos juntamente com esse instrumento, porque a música se tornou algo que me trouxe uma paz e controlando minha ansiedade. Não posso deixar de agradecer a grande oportunidade de fazer parte dessa belíssima Orquestra Filarmônica Pauferrense e por estar em um projeto tão grandioso. Parabéns a todos da equipe.

OBOÉ

Moisés Holanda

Venho de família humilde, sou filho de Roberto Pereira Holanda que é ferreiro (trabalha fazendo portão de ferro) e minha mãe Maria Lucilene de Lima Holanda, que trabalha lavando roupa para fora. Ingressei na música há mais ou menos sete anos atrás, na banda da Prefeitura onde participo até hoje como clarinetista. Há mais ou menos dois anos o maestro Elton Souza me falou sobre o projeto da OFP e me convidou a me inscrever nas aulas teóricas. Comecei a participar e fiz uma prova de seleção, passei e escolhi o oboé pra tocar. Tem sido uma nova experiência para mim tocar um instrumento de palheta dupla, porém encarei o desafio e estou até hoje no oboé. Pouco tempo depois o maestro Elton me convidou para auxiliar como tutor nas aulas dos novatos da OFP. Fui de bom grado e em uma dessas aulas tive a certeza da minha vocação que é a música. A OFP me fez querer ser um músico profissional e quero muito seguir esse sonho. Pretendo fazer um curso técnico em oboé e uma faculdade de música.

SAXOFONES

SAX SOPRANO

SAX ALTO

SAX TENOR 

SAX BARÍTONO

TROMBONES 

Pedro Mikael Gomes

Tenho 17 anos de idade e resido na cidade de Encanto/RN. Desde pequeno, sempre gostei muito de música. Aos 12 anos de idade, comecei a participar de uma Banda de flauta doce, no Projeto Criança Canta Feliz, que surgiu aqui no município. Alguns anos depois, com apoio da minha mãe, comecei a participar da Banda Filarmônica Jovem de Encanto/RN, vinculada à Associação Novo Horizonte. Na Banda, eu toco o instrumento trombone de vara. Entre o final de 2019 e no começo de 2020, através do músico, maestro e professor Kelvy Guilherme, tive conhecimento do edital seletivo da Orquestra Filarmônica Pauferrense, onde fiz ingresso. Estou aprendendo e aprimorando meus conhecimentos musicais, e estou muito feliz e grato a todos que fazem parte da Orquestra Filarmônica Pauferrense.

Hudson Victor (OIJ)

Tenho 13 anos, resido no Bairro Carvão e na Orquestra toco trombone. Filho de um vigilante e de uma balconista de pet shop e desde pequeno meus pais contaram que eu já gostava de música. Ficava feliz quando meus pais e tias compravam brinquedos de instrumentos, como violão e pandeiro para eu e meu irmão gêmeo Hugo que também é da Orquestra brincar. Talvez tivessem a intenção da gente se interessar por música. Depois, quando ficamos maior passamos a frequentar o Projeto “AABB comunidade” e lá aprendi a tocar flauta. Participei de um grupo e certo dia fizemos apresentação na praça com os colegas, mas foi coisa rápida, não o suficiente para que me interessasse por algo mais sério. Certo dia, a Profa Anne Valeska levou o Maestro Leandro para conhecer o projeto e lá eu e meu irmão fizemos com ele o teste para a Orquestra Filarmônica Pauferrense. Levei para casa o número do maestro para minha mãe e a informei que nós dois havíamos sido convidados a participar do OFP. Minha mãe falou que não tinha tempo de nos levar para os ensaios, mas não a deixamos sossegada, enquanto ela não ligasse para o maestro Leandro para ele lhe explicar. Finalmente a convencemos e agora estamos muito contentes porque tudo está dando certo. Só quero que minha mãe continue se orgulhando muito de mim como ela já diz se orgulhar.

TROMPETES

Moisés Fernandes

Desde criança eu via muito a filarmônica da minha antiga cidade tocar e sempre me admirava com os instrumentos e com toda aquela harmonia que eles formavam juntos, quando atingi a idade necessária, entrei na Filarmônica José Praxedes Fernandes na cidade de Itaú, sob regência do Maestro Gildásio Ramos e comecei a tocar trompete. Sempre admirei o trompete por ser um instrumento que na maioria das vezes é bem brilhante e tem um som forte do no qual eu me identifiquei. Em 2017 me mudei para a cidade de Pau dos Ferros, onde depois de 1 ano conheci a Filarmônica Jovem de Pau dos Ferros e participei durante alguns meses. Através da minha irmã, Monique (clarinetista da orquestra), conheci o trabalho da Orquestra Filarmônica Pauferrense, e procurei entrar por gostar muito da música e de ver os instrumentos em harmonia.

Kauanny Lira (OIJ)

Em fevereiro próximo completarei 9 anos. Nasci e moro em Pau dos Ferros, no Bairro São Benedito. Tenho uma irmã mais nova e meus pais Mônica e Amsterdam trabalham há nove anos como ASD no CAMEAM/UERN. Eles sempre mim apoiam e sempre fazem de tudo pra que eu continue crescendo no projeto. Entrei na Filarmônica pelo o curso de flauta doce e fiz três módulos. Tive a honra de ser convidada para fazer um teste para a Orquestra que deu certo. E hoje é um dos meus sonhos que estou realizando. Eu estou tocando trompete e me apaixonei por esse instrumento desde a primeira vez que o vi. Eu vou me esforçar para cada dia mais aprender. Só tenho a agradecer a todos que fazem parte da Filarmônica que mim recebeu com todo carinho e é isso que quero distribuir com a música muito carinho, alegria, muita emoção e mostrar que a música muda vidas. Só tenho a agradecer! Obrigado meu DEUS.

Hugor Vinícius (OIJ)

Tenho 13 anos, sou trompetista e irmão gêmeo de Hudson, também, instrumentista da Orquestra. Meu pai trabalha como vigilante e a minha mãe num pet shop. O incentivo à música na nossa casa lembro que foi desde que eu era pequeno. As brincadeiras eram sempre com brinquedos em forma de instrumentos, como violão e pandeiro, geralmente comprados por nossos pais e tias. Junto com meu irmão passamos a frequentar o Projeto “AABB comunidade” e foi lá os meus primeiros contatos com instrumento de verdade. Mas, o divisor de água em minha vida foi a visita do maestro Leandro ao nosso projeto a convite da Profa Anne Valeska, ocasião em que fiz o teste e me disseram estar apto para entrar na Orquestra Filarmônica Pauferrense. Só sosseguei quando minha mãe falou com o maestro e me autorizou a ir junto com meu irmão a participar do projeto. Com o apoio da minha família estou muito contente por essa oportunidade e pretendo orgulhá-los cada vez mais como músico.

TROMPAS

Beatriz Maia 

Sou de Pau dos Ferros e tenho 13 anos. Eu entrei na Orquestra Filarmônica Pauferrense, com o intuito de aprender clarinete, sempre admirei este instrumento. Inicialmente fiz o curso de musicalização juntamente com minha irmã, depois entrei para a Orquestra, porém não havia clarinete disponível no edital, então decidi iniciar com a trompa, achando que só iria ser uma boa experiência, mas eu realmente gostei de tocar este instrumento e pretendo aprofundar meus conhecimentos sobre ele, sei que é bem desafiador e acho que por este motivo fico muito curiosa para “dominá-lo”, sempre pensei na ideia de no futuro trabalhar com música de algum modo, mas nunca soube exatamente como, por isto entrar na filarmônica foi um bom começo.

Isabela Maia 

Fiz 11 anos e sou a mais nova de três irmãs. Nasci em Pau dos Ferros/RN. Entrei na Orquestra em julho de 2018, quando a minha mãe viu o Edital e perguntou se eu queria participar, entrei juntamente com a minha irmã Beatriz, fizemos o curso de musicalização, quando terminamos fui convidada para fazer um teste para tocar trompa, hoje sou “aprendiz” e a cada dia gosto mais deste instrumento. Um dos meus sonhos é ser uma grande trompista e ensinar outras pessoas a tocá-lo também, quero seguir com meu sonho sem desistir, sou feliz por fazer parte da Orquestra Filarmônica Pauferrense e por estar em um projeto tão diferente e inovador. Quero continuar nele por muito tempo, pois gosto muito de música e das pessoas que fazem parte desse projeto.

TUBA

PERCUSSÃO

Paloma Cristina 

Tenho 22 anos e há dez anos que estou envolvida com a música. Sou natural de Pau dos Ferros –RN e formada em Educação Física pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN. Venho de uma família de músicos onde tudo começou com a minha avó materna, Josefa Viana, com mais de 90 anos ainda toca cavaquinho e foi homenageada em vida com seu o nome na Banda de Antônio Martins. Meu primeiro contato com a música foi aos 12 anos onde entrei na Orquestra Filarmônica Jovem de Pau dos Ferros e meu primeiro instrumento foi a flauta transversal. Desde então comecei a conhecer outros instrumentos e a tocá-los também. Hoje sou baterista, flautista, percussionista e saxofonista. Conheci a OFP através do meu maestro Elton Souza a quem tenho muito que agradecer por tudo que me ensinou e ensina. Na OFP fui monitora de iniciação musical para crianças, e venho aprendendo muito mais dessa arte que move minha vida.

Francisco Lima

Eu sempre gostei de música, desde pequeno ouvia músicas no rádio e em programas de televisão, ficava entusiasmado ao ver aquelas bandas se apresentarem principalmente com os bateristas e percussionistas pois sonhava um dia aprender tocar em uma bateria/percussão. Inventava uma bateria feita de caixas de papelão/latas e baquetas feitas de galhos da goiabeira por ser uma madeira mais resistente evitando de quebrar facilmente, e assim armava a “bateria” no muro e passava horas batendo tentando imitar as bandas que via, fazendo o maior barulho kkkk… astúcia de menino. Bem, à medida que fui crescendo ficando adolescente e esse interesse teve seus altos e baixos mesmo porque não tive oportunidades de conhecer de perto uma bateria como também não tinha nenhum grupo de aprendiz em que eu pudesse ingressar. Ficava só na vontade. Mas a partir de então veio os desfiles escolares que todo ano acontecia e com isso a oportunidade de ingressar na banda marcial da escola, pronto era exatamente o que eu queria. Daí escolhi logo o tarol para tocar, depois do primeiro ano de banda não parei tão cedo toquei em banda marcial do 8º ano fundamental até o 3º ano do ensino médio. Esse foi meu contato direto e experiência que tive com um instrumento de bateria/percussão. Mas para a minha surpresa depois de muito tempo veio a grande oportunidade da minha vida que foi o meu ingresso na Orquestra Filarmônica Pauferrense (OFP). Tudo começou quando fui deixar minha filha na escola e encontrei minha amiga Sidnéia que também tinha ido deixar a menina dela que inclusive são colegas de classe. Daí Sidnéia me falou da orquestra pois a qual a menina dela já fazia parte e me ofereceu a oportunidade de inscrever minha filha Nila em um curso de violão que iria ser ofertado e assim eu fiz. Com o desenrolar do curso Nila foi gostando e tendo facilidade de aprender a tocar violão e eu todos sábados indo com ela pra UERN que é sede da orquestra. Ao passar por todas as etapas do curso Nila conclui com êxito. Quando na entrega do diploma Lúcia Pessoa então presidente da orquestra soube pelo professor do curso a facilidade da aprendizagem de Nila e a convidou para fazer um teste com o violino e dependendo do resultado do mesmo abriria uma possibilidade de Nila ingressar como aluna da orquestra. Feito o teste a professora me falou que ficou impressionada com o jeito e a facilidade com que Nila manejou o instrumento parecendo que já tinha feito antes.  Aprovada no teste Nila logo passou a frequentar as aulas agora de violino sendo aluna da orquestra, com isso de tanto eu ir deixar ela na sede para frequentar tais aulas acabei fazendo amizades com os demais integrantes da OFP, ajudando sempre no que fosse possível durante o tempo que ficava esperando a aula de Nila terminar. Ao me apresentarem o professor/maestro Leandro falei que já o conhecia quando assistir uma apresentação da orquestra da cidade de Luis Gomes a qual ele também é maestro e por sinal fiquei muito impressionado com a orquestra tocando e admirado demais com a percussão, até me imaginei fazendo parte dela. Concluindo a história, para a minha surpresa o prof. Leandro me convidou para ingressar na orquestra como percussionista já que todo sábado eu estava lá com Nila, assim me inscrevi no edital para uma vaga na percussão e deu certo. Hoje realizei meu sonho de infância que é fazer parte de uma percussão e juntamente com minha filha Nila com todo orgulho fazemos parte dessa maravilhosa Orquestra Filarmônica Pauferrense. Espero com ansiedade futuramente participar de apresentações e quem sabe concertos onde a orquestra filarmônica for convidada a se apresentar.                    

OBS: Narrativas elaboradas pelos instrumentistas, postadas a partir de Janeiro de 2019 e revisadas pelos pais nos casos dos menores.